domingo, 27 de novembro de 2011

Soneto do absenteísmo I

Tudo que querem é fugir da escola –
Não esperam por édens, utopias –
Basta-lhes divisar um tatu-bola,
Ou mesmo louças sujas pelas pias,

Despertar meio-dia sobre a xola
Da esposa – se recusam putarias –
Ou assistir à novela mais tola –
Não sonham Kurosawas pra tais dias –

Nem retorno ao vestiba nem partida
P’ra aposentadoria lá em Bagdá
Nem mesmo férias na Ilha Perdida.

Querem vazar. Ofurô. Saravá.
Mas a escola em seus corpos encardida...
A escola, neles, nunca faltará.

(Pau no Gu)

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