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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ao som de seu jorge

uma semente dança
desestabiliza
como se sua raiz fosse ventania
é a guerra civíl do ser
enquanto dançam as pétalas que não vou ver desabrochar.

passado um tempo
sorrio longe, mas longamente:
no meu jardim, mais alegre,
me sorri de volta uma margarida.



(biel)

sábado, 9 de maio de 2009

com fúria amorosa, ó árvore,
é que firo tua pele,
com facão, navalha, gume,
sabre, punhal, canivete

violento teu caule duro,
e áspero, e rude, e grosseiro,
incisindo o nomezinho
tatuado no meu peito

teus vasos liberianos
assassino-os, covarde,
na tua pele que não corre,
não chora ou grita, nem quase

eu vos sacrifico apenas
com esta caneta fria
no altar cruento
da página de Poesia.

(Gu)

Cântico

Então que, ao pé de uma arvrinha,
Nascia amor radicoso.
Seu seio luciluzia
A clarividência zen:
A alma desperta e além.
Nos meus lábios, doce fruta
Divulgava vida arguta.
- O orvalho assim licoroso.

(Gu)
Ó, nossa irmã cativa, tens razão
Pois se laçam sem voz, em himeneus,
Nossas raízes fundas sob o chão.

Teus galhos fazem cócegas em Deus.
Tuas raízes, cafuné no Diabo.
Mas são terrenos os domínios teus.

- Dançai-nos e cantai-nos, ventos fados...

(Gu)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

ó, minha
tontinha de passarinho:

sois poeta, sois da lua,
voais nua - mas sem norte,
sois das sortes, das fortunas;
eu sou amigo das árvores
e das raízes profundas,
sou das ruínas, do arado,
sou dos sempres e dos nuncas,
das almas rústicas chãs
- sou tumba.

(Gu)