terça-feira, 15 de novembro de 2011

Soneto da obscenidade I

Já decorei, de cada aluno, o nome.
Corrigi seus cadernos e apostilas.
Descobri com quem moram e o que comem.
(Amo as suas realidades descobri-las!)

No diário, anoto toda vez que somem –
Sinto deles a falta em sala ou em fila –
Tenho-os no e-mail e essas coisas de jovem.
Leciono até na lan-house da vila.

Estimulo o prazer pela leitura.
Deleite na labuta e na exaustão.
Ensino: o gozo mais lascivo é o estudo.

Amo os alunos e a licenciatura!
- Mas qual motivo pra reprovação?
Entre quatro paredes, vale tudo.

(Pau no Gu)

2 comentários:

Frau Forster disse...

Delícia de ler e sentir!

Me vi aí no seu texto =)

Mil beijos

Tadeu Renato disse...

Genial!
só isso.