quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Do alto

O vento sobre as pálpebras
De leve
Alinha a sobrancelha
Devagar
Alisa a testa
Quase num afago

O cabelo de leve começa
A mexer-se
Um frio invade pelo pescoço
A camiseta
E um ruído
sopra as orelhas

De leve
(Lhe sobrou tempo)
Coça a bochecha ainda
Ressentida do beijo

2 comentários:

Tavão disse...

E ainda (lhe sobrou mais um tempinho) leve abriu mais um ano de poemas... Delicado e lindo, como tinha de ser.

Frau Forster disse...

Lindo! Saudade gigante dos seus versos ;) Mil beijos