sábado, 9 de maio de 2009

com fúria amorosa, ó árvore,
é que firo tua pele,
com facão, navalha, gume,
sabre, punhal, canivete

violento teu caule duro,
e áspero, e rude, e grosseiro,
incisindo o nomezinho
tatuado no meu peito

teus vasos liberianos
assassino-os, covarde,
na tua pele que não corre,
não chora ou grita, nem quase

eu vos sacrifico apenas
com esta caneta fria
no altar cruento
da página de Poesia.

(Gu)

2 comentários:

biel madeira disse...

sugestão de título: Arte poética N° X
hehe!
mas vc é maravilhoso!
eu só posso ficar com um pouco de inveja, tá bom, muita inveja!

Danilo disse...

Impecável, deslumbrante!