domingo, 2 de outubro de 2011

Soneto da ação comunicativa I

O professor agarrado a seu giz,
E os guris explodindo seus hormônios;
Firme no giz espesso, mãos febris,
E os guris depredando o patrimônio;

Risca cada letrinha, mãos sutis,
E, aos murros, os guris, com mil demônios;
Jardina toda letrinha de lis,
Rega-as de sangue, os guris, quais lacônios.

Soa o alarme de incêndio na escola.
Filho da puta! Abre a porta, veado!
Antes, em Plínio, o Jovem, um floreado.

Rombo e berro: emancipação carola.
Cuidando o fogo achar Plínio frajola,
Professor morre junto ao namorado.

(Pau no Gu)

3 comentários:

Frau Forster disse...

Bastante pedagógico :)
Adorei, Gu!

Beijos

Tadeu Renato disse...

Os "poemas pedagógicos" são fantásticos, Gregório de Matos adoraria isso!!

Tavão disse...

Uau! Esteja sempre ele entre nós!