sexta-feira, 6 de abril de 2007

Prefiro os amores improdutivos
Aqueles que não rendem uma vírgula
Um título sequer
Aqueles que não podem ser contados em sílabas simétricas

Que não podem ser manchados pelo mijo
dourado (sorriso amarelado)
Icterícia das palavras

E nem podem ser vendidos nas estantes da livraria

3 comentários:

Pantera disse...

puta que pariu! que poema bacana!

Danilo disse...

Clap, clap, clap!

O visitante noturno disse...

Parece que desses, dos quais não se tem notícia, é que são os frutos.
Os outros, de livro, de prateleira, secam com a tinta.

Muitíssimo bom o poema!