quarta-feira, 4 de abril de 2007

A ave que não pode ser nomeada

As nuvens avançam sobre mim
Como tigres insolúveis no ácido das minhas mágoas.
Também no negro da min há solidão,
Se aconchegam cobras coloridas.
Dançam cobras e tigres
Num balé de todas as cores
E morto.

Varando o noturno calabouço das ruas
Talvez desvencilhada do Sol
Ou da estrela maior e mais vital do universo
A cada batida de suas asas
Explosão de vida
E no seu canto, a paz mais poderosa e luminosa,
O acalanto mais feliz!

(biel)

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