Chega em casa
e relaxa
de vagar
descalço já
procura
o espelho mais próximo
te contempla
uns instantes
inveja
aquele que te olha
mas não por muito...
atira-o ao chão
sem mais pesar
caminha sobre ele
deixe-o a tuas imagens e semelhanças
desenhadas
impressas
em vermelho tudo fica tão bonito
terça-feira, 31 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Quando ela passa
Sugiro o sorriso de Mona Lisa
assim mesmo, de leve,
e sorrio, um pouco demais.
Do outro lado, ela enlouquece
faísca de raiva, uma raiva bege que ferve sobre sua pele negra e bonita.
Do lado de cá, o sorriso diminui,
agora sim, Mona Lisa!
Atravesso a avenida e, do canteiro central,
me volto
a tempo
de ver a expressão atenuar-se num insulto do olhar
meio de lado, mas sempre superior.
Contento-me com o horizonte,
concreto,
onde aquelas asas batem
asas negras
que de todo me abraçarão no sonho
do outro lado da avenida.
assim mesmo, de leve,
e sorrio, um pouco demais.
Do outro lado, ela enlouquece
faísca de raiva, uma raiva bege que ferve sobre sua pele negra e bonita.
Do lado de cá, o sorriso diminui,
agora sim, Mona Lisa!
Atravesso a avenida e, do canteiro central,
me volto
a tempo
de ver a expressão atenuar-se num insulto do olhar
meio de lado, mas sempre superior.
Contento-me com o horizonte,
concreto,
onde aquelas asas batem
asas negras
que de todo me abraçarão no sonho
do outro lado da avenida.
sexta-feira, 6 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Na ponte
Lá do fundo do abismo
onde beira a incerteza
na calada da vertigem
a secreta correnteza
O espelho d'água dos teus olhos iluminados
de profunda escuridão
desabam
avalanche no verso em construção
lá do fundo do abismo
onde beira a incerteza
na calada da vertigem
a secreta correnteza
O convite dos teus olhos iluminados
de profunda escuridão
desabam
avalanche no homem em construção
lá do fundo do abismo
onde beira a incerteza
na calada da vertigem
a secreta correnteza
O grito dos teus olhos iluminados
de profunda escuridão
desabam
convites aos meus olhos em construção
onde beira a incerteza
na calada da vertigem
a secreta correnteza
O espelho d'água dos teus olhos iluminados
de profunda escuridão
desabam
avalanche no verso em construção
lá do fundo do abismo
onde beira a incerteza
na calada da vertigem
a secreta correnteza
O convite dos teus olhos iluminados
de profunda escuridão
desabam
avalanche no homem em construção
lá do fundo do abismo
onde beira a incerteza
na calada da vertigem
a secreta correnteza
O grito dos teus olhos iluminados
de profunda escuridão
desabam
convites aos meus olhos em construção
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