no fundo do canto do quarto
a barreira do corpo inverte o parto
some no escuro a voz
e a lágrima no riso desfaz
a noite invade serena e constante
penetra o dia de sol sufocante
no canto quarto alguém se debate
na ânsia de ti ser a parte
o grito cindido do corpo
um espasmo contorse, à dor se consente.
no dia seguinte (amanhã cinza)
sobram espaços mas flores e cores nas tintas
despenca a noite os olhos desviam
indagam o beijo com a carne gelada
no instante antes da noite estrelada
-olha lá...
-tanta estrela... olha lá
-tanta estrela..
-só sobrou..
-..o céu
o amor nasceu...
(biel)
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