Na risada dela um quê de veneno surgiu fazendo voltar um sentimento já esquecido que causou-lhe terror. Ela mesma o percebeu quando já era tarde demais. O estrago estava feito. O ápice da alegria cristalizada em uma risada maligna. Desfarçou, ainda, com uma imitação de voz infantil que mirava no nada, sem saber que acertaria tudo, menos o alvo. Ele sorriu ainda mais disfarçadamente e como um peixe que se afoga no próprio mar, e por vontade própria, atravessou a sala, não esbarrou no garçon, mas interrompeu a palavra mágica ao beijar quem a pronunciava: ela.
(biel)
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