(um poema à laia de Marcos Rafael (H5) e para ele)
Não te aperreis, meu rei!
O pus que já escorre de teus pés
vazou das minhas linhas atropeladamente
por extensas páginas
íngremes.
Claro está que, caso consentissem,
palmilharia a decorada trilha
indelével de meus pés,
todavia só os teus
só o teu sangue pode regar as
também sedentas
flores que desmaiam pelo caminho.
Colho um tanto de tuas lágrimas
Pra desenhar estas palavrinhas
e que elas reflitam, oxente!
que rei é rei: haá que ser senhor de toda vereda de vosso reinado!
Deposito em teu alforje somente o que deverás carregar consigo:
nada de coroa, de cajado ou de Frei Galvão!
mas sim, de padim pade Ciço, uma oração
(que te repouse o sono)
a brabeza de Lampião
(que te vista as vergonhas)
e mamadeira de vulcão.
(Gu)
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