quinta-feira, 21 de junho de 2007

o grito

os mortos no caminho
não sentem o calor
do abraço de quem sobra
com o peso da dor

a rosa de hiroshima
de novo e de novo
só aduba o asfalto
pra rosa do povo

os donos do mundo
os donos do muro
po~em o dedo na ferida
na chaga que cristo esqueceu de fechar

o mundo não para de girar
eu não quero mais lutar
eu não consigo mais pensar
até quando Munch vai acertar?
só o que me resta é gritar!

gritei pro nunca mais
e alguem me ouviu
minha voz cresceu,
eu não estava sozinho!

(biel)

domingo, 10 de junho de 2007

na manhã

na neblina da manhã
você fugia
não de mim,
dos meus olhos!
e eu não te vi ou existi em você
mas mesmo assim o poema se faz
como se eu tivesse te conhecido
e a neblina da manhã
fosse teu disfarce.

(BIEL)